11/18/2006

A força do poder econômico Empreiteiras, mineradoras e siderúrgicas lideram ranking dos principais financiadores da campanha eleitoral


Segundo a prestação de contas no site do TSE mostra que as empreiteiras destinaram R$ 24,1 milhões a 254 deputados e 15 senadores. Encabeçam a lista das empreiteiras que mais desembolsaram a Camargo Corrêa (R$ 2,2 milhões), a Construtora OAS (R$ 1,9 milhão) e a Barbosa Melo (R$ 1 milhão). A maioria dos deputados que recebeu dinheiro da OAS é de São Paulo.

De acordo com o jornal Correio Braziliense, que também fez uma série de reportagens sobre o assunto, só as grandes construtoras doaram R$ 66,4 milhões para os candidatos a governador, senador e deputado federal e estadual. Veja as 30 empresas que mais doaram dinheiro para as campanhas, segundo o Correio.

Já as mineradoras, segundo a Folha, investiram ao menos R$ 8 milhões. A Caemi, empresa ligada à Companhia Vale do Rio Doce, patrocinou, sempre com investimentos altos, os principais candidatos do país. Só para a campanha do deputado reeleito Armando Monteiro (PTB-PE) foram R$ 300 mil.

Na região Nordeste quem mais ganhou com uma única doação, no entanto, foi o ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE), que recebeu R$ 500 mil da Companhia Siderúrgica Nacional. A campanha de Ciro teve 12 doadores e uma receita de R$ 1.199.700,00.

As siderúrgicas identificadas pela Folha desembolsaram R$ 10,4 milhões na eleição de parlamentares. Os maiores financiadores nessa área foram o grupo Gerdau, com R$ 2,4 milhões, e a Belgo, com R$ 1,1 milhão.

Recursos de comitê

O deputado reeleito Jader Barbalho (PMDB-PA) recebeu R$ 692 mil de seu comitê, além de gordas doações de grandes indústrias como CGB Construtora Guia Brasil LTDA e Caemi Mineração e Metalurgia S/A. Cada uma doou R$ 300 mil para a campanha do peemedebista. No total, Jader recebeu R$ 1.960.162,00 para investir em sua candidatura.

Uma das doações mais generosas originadas em comitês e diretórios foi feita a Valdemar Costa Neto (PL-SP). Ele recebeu R$ 786.217,72 do partido - do qual, aliás, é presidente - de uma receita total de pouco mais de R$ 820 mil.

R$ 1

A menor doação de terceiros registrada no site do Tribunal Superior Eleitoral foi a de Alberdan da Silva Batista. Ele contribuiu com R$ 1 para a campanha de Paulo Rocha (PT-PA). No registro do TSE há casos de deputados que assumiram despesas irrisórias da própria campanha. O deputado Carlos Brandão (PSDB-MA), por exemplo, declarou ter recebido R$ 130 mil de apenas três doadores. Um das doações - de R$ 0,37 - aparece em nome do próprio candidato.

Enquanto alguns deputados como Sabino Castelo Branco (PFL) e Silas Câmara (PTB), ambos do Amazonas, precisaram de apenas quatro doadores para alcançar pouco mais de R$ 100 mil para suas campanhas, outros parlamentares tiveram de optar pela "doação conta-gotas". Para completar seus R$ 596.933,67, por exemplo, o deputado reeleito Eduardo Gomes (PSDB-TO) precisou de 355 doações.


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