11/18/2006

A DESIGUALDADE CONTINUA...
NEGROS RECEBEM METADE DO SALÁRIO DOS BRANCOS, DIZ IBGE.

O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país atinge principalmente a população negra e parda, que, mesmo quando ocupada, recebe em média a metade do salário dos brancos, revelou nesta sexta-feira uma pesquisa do IBGE sobre o perfil do mercado de trabalho brasileiro.
As regiões pesquisadas são Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. A taxa de desocupação (desemprego) entre negros e pardos em setembro deste ano ficou em 11,8 por cento, ante 8,6 por cento dos brancos. Negros e pardos representam 42,8 por cento, ou 17 milhões de pessoas em idade ativa nas seis regiões. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pessoas com 10 anos ou mais são consideradas em idade ativa. Os brancos formam 56,5 por cento da força de trabalho ou 22,4 milhões. A pesquisa mostra que negros e pardos são maioria nas atividades de baixa remuneração, como emprego doméstico e construção civil. Em Salvador, 93,5 por cento dos empregados domésticos são negros ou pardos e 88,4 por cento dos trabalhadores da construção civil estão nesse grupo. Os trabalhadores domésticos pardos e negros receberam em setembro, em média, 354,94 reais e os brancos, 405,39 reais. Segundo o IBGE, quase 60 por cento dos brancos ocupados nas seis regiões têm carteira de trabalho assinada, em comparação a apenas 39,8 por cento entre pardos e negros. "A inserção precária no mercado de trabalho e a escolaridade explicam o menor rendimento de negros e pardos", afirmou o documento. Negros e pardos receberam em média em setembro deste ano 660,45 reais, ou 51,1 por cento do rendimento dos brancos ocupados, que ficou em 1.292,19 reais. De acordo com a pesquisa do IBGE, 58,9 por cento dos ocupados que recebiam nas seis regiões até um salário mínimo eram negros e pardos. A diferença salarial entre os dois grupos é flagrante mesmo quando o nível de escolaridade é igual, apontou a pesquisa. Os brancos com 11 anos ou mais de estudos ganhavam em média em setembro 1.728,38 reais, enquanto que o ganho de negros e pardos foi de 899,64 reais. Em todas as seis regiões, os pardos e negros são maioria entre os desocupados. Em setembro de 2006, as mulheres constituíam a maior parcela tanto da população em idade ativa negra ou parda (52,5 por cento) quanto da população branca (53,9 por cento).Além disso, observou-se que a população em idade ativa negra e parda é ligeiramente mais jovem, com 30,6 anos em média, do que a população branca, 34,4 anos.O tempo médio de anos de estudo para o total das seis regiões metropolitanas foi de 8,7 anos para os brancos e 7,1 para os negros e pardos.(politicas de inclusão já em todos os sentidos)

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