12/26/2010

Novas Creches...


A falta de creches na cidade de Sorocaba esta com a solução nas mãos dos técnicos de finanças da Prefeitura, que ao que parece descobriram “Penicilina”. Segundo comentário postado na coluna informação livre, com a devolução anual da economia orçamentária do legislativo aos cofres da Prefeitura, seria possível construir uma nova unidade com cerca de 800 mil reais com que se economizaria com a não contratação de 20 novos assessores na Câmara Municipal. Como a Câmara só no ano passado devolveu R$ 5 milhões, então a conta seria esta, seis novas creches para atender nossas crianças por ano. Assim desta forma resolver uma demanda séria, inclusive debatida em audiência publica em novembro passado. A imaginar da simplicidade da idéia, então porque não colocar em pratica? A falta de vaga em creches é apenas mais uma situação de demonstração de falta de prioridade pela educação e da falta de cumprimento da lei pelo Governo Municipal.Com a manifestação Salomônica destes técnicos,teríamos uma solução rápida e pratica.

12/23/2010

O prefeito de Sorocaba Vitor Lippi tem seus méritos em ações a favor da Cidade, em seu primeiro mandato quando sucedeu Renato Amary implantou e programou mudanças que deram muito certo. Mais a continuidade de ações foi o “fato” que sem duvida produziram em sua vida política resultados tão grandes a favor, que criatura superou o criador (lembram da disputa interna do Partido). Assim o tempo... Sempre ele, tratou de mostrar que em cargo de tamanha grandeza administrativa as vaidades do poder, cegam, e ao contrario da patologia física, esse tipo de cegueira tira toda a sensibilidade de entender sem ver. Assim falhou em algumas coisas acertou outras e foi tocando as coisas na balada do bêbado e o equilibrista . Mais de um tempo prá cá, seu governo é de uma genialidade inventiva incrível, de uma vida pública shakesperiana no trato a algumas questões administrativas, cabe também ao nosso Prefeito outra qualidade de Forest Gump grande contador de historias sempre com um ar de medico em fim de consulta, ele sempre tem uma justificativa questionável para uma exposição barbeada, hoje é o tal Instituto do Planejamento, que julgo ser até importante se realmente acontecer. Ontem foi a Taxa do Lixo absurdamente ilegal, pois viola frontalmente o art. 145, parágrafo 2o da Carta Constitucional de 1988, que versa sobre a impossibilidade da existência de taxas com base de cálculo de impostos. fora a pseudo responsabilidade ambiental com discursos vazios e nada efetivos na área que defende. Como diria uma amiga é um grande misancene.

7/24/2010

A vida imita a arte

Outro dia, um episódio do seriado "Medium", transmitido pela TV por assinatura, apresentou um dilema semelhante ao que se assiste hoje no trágico episódio do desaparecimento da ex-amante do goleiro Bruno.

A protagonista da série, uma detetive vivida pela atriz Patrícia Arquette, tinha certeza de que determinado personagem havia assassinado a namorada.

No entanto, não podia incriminá-lo, pois não se conseguia encontrar o cadáver da vítima.

O crime havia ocorrido em uma fazenda de criação de porcos que, em vão, foi toda vasculhada em busca do corpo da jovem.

Depois de muita interpretação de seus sonhos, a detetive - que têm visões reveladoras enquanto dorme - conseguiu desvendar o mistério.

A seu pedido, foram examinados os intestinos de alguns leitões da pocilga, nos quais foram encontrados traços do DNA da morta.

Conseguiu, assim, a prova final que faltava para colocar o assassino na cadeia.

No caso do goleiro Bruno, suspeita-se de que os cães do ex-policial "Bola" tenham comido pedaços do corpo de Eliza Samudio.

Um veterinário chegou a se oferecer para examinar os animais para ver se encontrava algum resquício de material humano. Sua ajuda foi rejeitada.

A polícia mineira alegou que o material a ser usado no exame (luminol) poderia fazer mal à saúde dos ferozes rotwaillers.

Não sei se no caso do seriado "Medium" foram usadas técnicas mais avançadas do que as de nossos peritos. Pode ser que o método exista apenas na imaginação do roteirista.

Afinal, suas histórias são baseadas em fatos surreais - a começar pelas vidências da protagonista.

Quando assisti ao tal episódio dos porcos, creditei a história a excessos da imaginação fértil e mórbida do escritor.

Até então, confesso, jamais havia imaginado uma forma tão horrorosa de se sumir com um cadáver.

Agora, vejo que estava enganado. Há gente, na vida real, mais fria e cruel do que os piores personagens da ficção.

6/16/2010

Fiél

Deputado do Maranhão entra no quinto dia de greve de fome

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Entrando no quinto dia de greve de fome e com dois quilos a menos, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) fez um discurso emocionado e de resistência na tribuna da Câmara na noite de hoje. Começou com lágrimas e terminou com os punhos cerrados pregando contra o apoio da cúpula petista ao grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Maranhão. O discurso em resposta ao deputado José Genoino (PT-SP), que o criticara, silenciou o plenário da Casa e terminou em aplausos.

Com Dutra, está também em greve de fome o petista histórico Manoel da Conceição, 75 anos. Ele já perdeu 1,9 quilo. Desde sexta-feira passada, os dois apenas tomam água e água de coco em uma manifestação contra a decisão do Diretório Nacional do partido de anular o apoio do PT do Maranhão à candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) ao governo do Estado em troca de se aliar à governadora Roseana Sarney (PMDB), em busca da

6/09/2010

O Brasil vai bem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o sucesso internacional de empresas e setores econômicos brasileiros se deve ao empenho de seu governo em defender os interesses do país no exterior.Ele também acusou governos passados de não fazerem o mesmo.“[O Brasil] está dando certo porque eu não tenho vergonha de chegar em qualquer país do mundo e defender o algodão brasileiro, defender a cana e o álcool brasileiro, defender a soja, o milho e o empresário brasileiro.Não tenho nenhuma vergonha, muito menos demérito. Sinto orgulho de defender as coisas que esse país faz”, disse Lula, durante anúncio do Plano Safra 2010/2011, na sede da Embrapa, em Brasília.Lula disse que foi o governante que mais tratou com respeito os produtores de álcool e criticou governos políticos que só se aproximam dos usineiros com interesses eleitorais.“Neste país, por interesses eminentemente políticos, tinha governante que tinha vergonha de usineiro. Não tinha vergonha possivelmente de pedir dinheiro para campanha, mas tinha vergonha depois de dizer que era amigo de usineiro.”O presidente também criticou políticos que se aproximam dos evangélicos apenas em época de eleições e disse que não tem “duas caras.”“Tem político que tem vergonha de evangélico. Antes das eleições,todo evangélico é bom. Depois das eleições, se puder não recebe porque significa atraso. Comigo não tem essa história.“Não é possível governar um País desse tamanho com duas caras. Ou você se mostra e faz as coisas do jeito que têm que ser feitas, ou o Brasil não poderia dar certo. E todos nós somos testemunhas de que o Brasil está dando certo”, afirmou.Recentemente o presidente Lula visitou o Missionário R. R. Soares para pedir apoio da Igreja Internacional da Graça a candidata Dilma Rousseff que nesse período pré-eleição já visitou eventos de diversas religiões diferentes, inclusive evangélicas.

6/08/2010

Lula diz que Brasil merece crescimento "exuberante"





O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, em Fortaleza, que o "Brasil merecia e precisava disso" ao comentar os números do crescimento do PIB trimestral, divulgados hoje.

Em ritmo mais forte de expansão após a crise, a economia brasileira cresceu 9% no primeiro trimestre de 2010, ante o mesmo período do ano passado, a maior variação desde o início dessa base de comparação na série histórica, em 1996.

O presidente chamou o crescimento da economia brasileira de "exuberante" e aproveitou para alfinetar a oposição.

"Vocês viram que eu fui esculhambado quando eu disse que a crise seria só uma marolinha aqui no Brasil", disse Lula a uma plateia de cerca de 2.000 agricultores familiares.

Desempenho

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma dos bens e serviços produzidos por um país --é formado pela indústria, agropecuária e serviços.

O indicador também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

O investimento, medido pela chamada FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), teve alta de 26% no primeiro trimestre, se comparado a igual período no ano anterior --o resultado é o melhor na série histórica. Na comparação com o quarto trimestre, houve incremento de 7,4%. Em 12 meses, houve queda de 1,5%.

A taxa de investimento representou 18% do PIB no primeiro trimestre. No mesmo período de 2009, havia significado 16,3%.

Setores

O setor industrial cresceu 14,6% em relação ao primeiro trimestre de 2009. Na comparação com o quarto trimestre, a indústria teve alta de 4,2%, e nos últimos 12 meses, ficou estável.

Já o setor de serviços registrou incremento de 5,9% frente ao primeiro trimestre de 2009. Em relação ao quarto trimestre, o segmento cresceu 1,9%, e nos últimos 12 meses, tem alta de 3,6%.

O setor agropecuário subiu 5,1% na comparação com o período de janeiro a março do ano passado. Em relação ao quarto trimestre de 2009, a agropecuária teve alta de 2,7%, e nos últimos 12 meses, acumula queda de 3,3%.

Consumo

O consumo das famílias teve aumento de 9,3% no primeiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre, constatou-se crescimento de 1,5%, e nos últimos 12 meses, acumula incremento de 6,0%.

O consumo do governo registrou alta de 2,0% no primeiro trimestre. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o consumo do governo cresceu 0,9%, e nos últimos 12 meses, acumula expansão de 3,1%.

Pelo lado do setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2009. Ante o quarto trimestre, apresentaram elevação de 1,7%.

Já as importações de bens e serviços aumentaram 39,5% em relação ao primeiro trimestre de 2009 --a maior expansão da série--, e registraram alta de 13,1% se comparado ao quarto trimestre.

6/07/2010

Dilma cresce nas preferências e empata com Serra




Dilma cresce nas preferências e empata com Serra,


O mais recente levantamento do Ibope, divulgado hoje, sobre as preferências para as eleições presidenciais, mostra hoje a ascensão de Dilma Rousseff e a queda de José Serra. O cenário é o mesmo já mostrado pelos institutos Datafolha, Vox Populi e Sensus nas últimas pesquisas de intenção de voto.

De acordo com o Ibope, Dilma está empatada com Serra em 37%. Marina Silva tem 9%. Houve uma mudança substancial em relação a abril, quando o pré-candidato tucano estava 40% e a petista com 32%. Encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa ouviu 2002 eleitores, entre os dias 31 de maio e 3 de junho.

Também houve mudança na simulação de segundo turno, entre as consultas de abril e desta semana. Serra diminuiu de 46% para 42%, e Dilma cresceu de 37% para 42%.

A pesquisa espontânea (sem apresentação de nomes) aponta a liderança de Dilma no confronto com Serra: 19% a 15%. Apesar de não ser candidato, o presidente Lula ainda alcança 12% das preferências. A rejeição é maior com o nome de Serra (24%), do que com Dilma (19%).

Na comparação com o desempenho registrado em fevereiro último, a tendência é altamente favorável à pré-candidata do PT. Naquele mês, Dilma estava com 28%, Serra com 41% e Marina com 10% na simulação de primeiro turno. Os números para segundo turno eram também de 41% para Serra e 28% para Dilma.

4/21/2010


Dilma rebate Serra e diz que Rodoanel faz parte do PAC
Em visita a Minas na segunda-feira, pré-candidato tucano disse que programa vitrine do governo Lula é ‘lista de obras’


21 de abril de 2010 | 18h 57
André Mascarenhas, do estadão.com.br

SÃO PAULO – Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena nesta quarta-feira, 21, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu críticas do pré-candidato do PSDB, José Serra, ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O Rodoanel faz parte do PAC. Paraisópolis, Heliópolis, tudo fez parte do PAC. Como que o PAC não existe?”, disse a ex-ministra da Casa Civil. Em visita a Minas na segunda-feira, 19, Serra disse que o PAC é uma “lista de obras”. ( ELA DISSE QUE AS OBRAS EM QUESTÃO SÃO RESULTADOS DE PARCERIAS ENTRE O ESTADO E A UNIÃO…DISSE QUE SÃO OBRAS DO GOVERNO ESTADUAL DE QUEM O GOVERNO FEDERAL FOI UM GRANDE PARCEIRO , MAS QUE AS VERBAS REPASSADAS FAZEM PARTE DO PLANO DE ACELERAÇÃO DE CRESCIMENTO)

Pressionada por Datena, que perguntou se o PAC não saiu do papel, Dilma manteve a mesma postura. “Pois é, mas tá aí as obras na Billings-Guarapiranga, no Rodoanel, Heliópolis, Paraisópolis”. ( ELA QUIS DIZER QUE O “PAC” NÃO FAZ AS OBRAS, ANTES FOMENTA POR MEIO DE RECURSOS E MEDIDAS COMO FINANCIAMENTOS SUBSIDIADOS )

Datena procurou pontuar a primeira parte da entrevista, que durou praticamente todo o programa Brasil Urgente, com perguntas sobre o nível da campanha. Lembrou das recentes trocas de farpas entre Dilma e Serra e perguntou o que a ministra quis dizer quando chamou o tucano de “biruta de aeroporto”.

“Por sete anos eles fizeram oposição a nós e criticaram nossas propostas. Não é possível que o povo acredite que quem tanto nos criticou seja à favor dos nosso programas”, respondeu a petista. Ciente da boa avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do potencial eleitoral das políticas sociais como o Bolsa Família, Serra usa o discurso de que manterá essas iniciativas.

“Nós temos um compromisso com o Bolsa Família. Nós temos compromisso com a geração de empregos”, reforçou a ex-ministra, ao argumentar que estaria mais credenciada para dar seguimento a essas políticas. ( O DATENA PERGUNTOU-LHE OS 10 MOTIVOS PELOS QUAIS ELA NÃO VOTARIA EM JOSÉ SERRA, ELA RESPONDEU QUE NÃO VOTARIA EM RAZÃO DE ELE POSSUIR UM PROJETO POLÍTICO DIVERSO…UM PROJETO QUE MANTEVE O BRASIL PRISIONEIRO AO FMI…UM PROJETO QUE NÃO PRIORIZA AS QUESTÕES SOCIAS )

Pesquisa

Dilma também usou uma ironia ( MENTIRA, ELA NÃO IRONIZOU ) para comentar a pesquisa Ibope/Diário do Comércio divulgada nesta quarta-feira, que coloca Serra sete pontos a sua frente nas intenções de votos. “Eu não vou brigar com o instituto”, diz Dilma, em referência aos ataques do PSDB ao instituto Sensus, que apontou empate entre Serra e Dilma em seu último levantamento. “Eu to saindo lá debaixo e agora já estou aqui”, disse ela, para completar: “Acredito que a pesquisa é uma referência, mas ela não serve pra dizer como vão ser a coisas daqui pra frente.”

3/29/2010

CONFRONTO E CONFORMIDADE


Ser conformado é acreditar que vivemos num país aonde tudo vai bem, onde não existem
mazelas sociais e morais e a população vive justa e igualitariamente. Muitos acreditam nessa versão e vêem o mundo pela tela de uma televisão, nunca se confrontando com a dura
realidade brasileira de miséria e desigualdades. É a conformidade, que dá menos trabalho,
mas ajuda a sedimentar cada vez mais as injustiças.Na Bíblia, em Romanos 12:2, está escrito: “E não vos conformeis com este mundo, mas ransformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. É com este propósito que devemos seguir. Não podemos nos conformar com um mundo de injustiças, mas lutar por uma sociedade fraterna e solidária.Na política, na vida cotidiana, nos nossos relacionamentos pessoais e em todos os momentos de nossa vida devemos agir lembrando que a JUSTIÇA e a VERDADE são exigências de Deus na vida diária do servo. Poucos têm se confrontado com esses valores,engolidos pelas tarefas do mundo atual, que cada vez mais nos isola uns dos outros e floresce em nós o egoísmo e a solidão.Mas precisamos clamar por justiça e reavaliar nossos valores e ações para guiarmos
nossas vidas pela verdadeira palavra de Deus. Devemos agir em nosso cotidiano com
pequenos e importantes gestos, como estender a mão ao nosso próximo e assim ajudar na
construção de um mundo de dignidade e ética.“Quem anda em integridade anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. A boca do justo é manancial de vida, porém a boca dos ímpios esconde a violência. O ódio excita contendas; mas o amor sobre todas as transgressões. Os sábios entesouram o conhecimento; porém a boca do insensato é uma destruição iminente”.
Provérbios 10:9-14

1/19/2010


Este fim de semana assisti um otimo filme do genial Fabio Barreto, "A Paixão de Jacobina" a historia se passa por volta 1871, na cidade de São Leopoldo, uma colônia de imigrantes alemães luta para sobreviver em uma região marcada pelos efeitos da Guerra do Paraguai. É lá que vive Jacobina Mentz (Letícia Spiller), líder de uma seita religiosa dissidente do protestantismo que é conhecida como "os Mucker". Jacobina tem visóes e recebe mensagens que acredita serem de Jesus Cristo, passando então a cuidar dos pobres e desválidos. Com o passar do tempo a comunidade de seguidores dos Mucker aumenta cada vez mais, fazendo com que os líderes da sociedade local passem a discutir meios de anular o poder cada vez maior que Jacobina possui sobre a população.Guardadas as analises religiosas ou teologicas o filme é muito bom, publico aqui no blog a historia dos Muckers vale a pena assistir.




Os Muckers - Um episódio de fanatismo religioso


O que acontece quando fanatismo religioso e intolerância governamental se defrontam? O resultado foi mostrado, não há muito tempo, em um seriado de televisão sobre a Guerra de Canudos: ignorantes e com menos poder, os fanáticos normalmente são dizimados. Essa costuma ser a regra, repetida inúmeras vezes ao longo da história humana. E isso foi, também, o que aconteceu no episódio dos Muckers, um capítulo triste da história gaúcha.Os muckers eram uma pequena comunidade de fanáticos religiosos que se formou no então município de São Leopoldo — atualmente no de Sapiranga — na localidade situada ao pé do morro Ferrabrás. Como todo o município de São Leopoldo, aquela era uma área ocupada por imigrantes alemães católicos e protestantes, que haviam chegado ao Rio Grande do Sul a partir de 1824.Esse grupo de fanáticos era liderado por Jacobina Mentz Maurer — que se julgava uma reencarnação de Cristo e que prometia construir a "cidade de Deus" para seus discípulos. Jacobina, desde criança, passava por "transes" e, quando nesse estado, diagnosticava doenças.Em 1866, se casou com João Maurer, e sua fama começou a crescer. Um grupo de adeptos cada vez maior se reunia na casa do casal nos finais de semana. O movimento foi crescendo, Jacobina foi proclamada "Cristo" e chegou a escolher seus apóstolos.Os seguidores de Jacobina seguiam regras rígidas. Não bebiam, não fumavam, e não iam a festas. Isso provocava uma certa resistência por parte dos demais colonos alemães - resistência que se tornou maior quando os seus seguidores passaram a tirar as crianças das escolas comunitárias.Muckers x SpottersEssa antipatia entre os colonos "normais" e os seguidores de Jacobina fica bem expressa nos apelidos que respectivamente se deram: Mucker - falso religioso, santarrão - era a maneira como eram chamados os "fiéis" da novo "Cristo". E Spotter - debochadores - era como os seguidores de Jacobina chamavam seus adversários.O clima de hostilidade entre os dois grupos foi se tornando cada vez mais intenso, até que o chefe da polícia local resolveu prender Jacobina e seu marido. O presidente da então Província do Rio Grande do Sul, entretanto, achou que houve precipitação - e determinou que fossem soltos. Com isso, ganharam força os fanáticos, que se convenceram, de vez, que Jacobina era mesmo o "Cristo". E os demais colonos acirraram seus ânimos contra os Muckers, atribuindo a eles qualquer coisa que acontecesse de ruim ou errado.Como violência só gera violência, o clima ficava cada vez pior. Os muckers passaram a atacar seus inimigos - a casa de um ex-mucker, Martinho Kassel, foi incendiada, causando a morte de sua mulher e de seus filhos. Logo depois, incendiaram a casa de um comerciante, Carlos Brenner, matando as suas crianças. E também atacaram mais duas lojas e duas casas, chegando a executar um tio do marido de Jacobina, que não queria fazer parte da seita.Ataque militarApós esses e outros episódios violentos, houve nova intervenção policial em 28 de junho de 1874, quando 100 soldados cercaram o reduto dos muckers. Mas a luta foi um vexame: com soldados mal treinados e sem nenhuma estratégia, o comandante do grupo, coronel Genuíno Sampaio, viu seu grupo sofrer 39 baixas, enquanto os muckers tiveram apenas 6 baixas. O confronto, mais uma vez, serviu apenas para fortalecer os muckers, pois confirmava uma das "profecias" de Jacobina, que dizia que quem acreditasse nela não morreria.Menos de um mês depois, em 18 de julho, houve um segundo ataque, comandado pelo mesmo coronel. Dessa vez, a casa foi incendiada, mas os muckers que lá se encotravam não se entregaram - preferiram morrer, pois acreditavam nas palavras de Jacobina, que havia lhes dito que iriam ressuscitar. Foram 16 os muckers mortos - mas Jacobina conseguiu escapar, acompanhada de alguns de seus seguidores. E, durante a noite, um dos muckers, provavelmente escondido no morro Ferrabrás, atingiu o coronel, que morreu no dia seguinte devido a uma hemorragia.Novo ataque aconteceu no dia 21 de junho, sem resultados - depois de duas horas de confronto, os soldados se retiraram. A vitória só foi possível no dia 2 de agosto, quando, conduzidos por Carlos Luppa, um mucker que havia decidido se entregar e trair seus companheiros, os soldados puderam chegar até o reduto do morro Ferrabrás. Dessa vez, Jacobina e os 16 seguidores que a acompanhavam foram mortos.Os muckers sobreviventes tiveram que enfrentar duros momentos. Durante oito anos, foram conduzidos de prisão em prisão, sem serem julgados. Finalmente, foram perdoados e soltos, mas tiveram que agüentar a perseguição dos colonos alemães até o final de suas vidas.

1/08/2010

Enchentes: Carta aberta ao governador


PREZADO GOVERNADOR, permita-me dirigir-lhe diretamente algumas palavras, com a franqueza necessária para que essas palavras tenham a chance de ser úteis ao senhor e à sociedade.
A atual estratégia de combate e às enchentes de seu governo, que é a mesma dos anteriores, está totalmente equivocada.
Não levando em conta as causas reais das enchentes, essa estratégia elege como suas prioridades os vultosos gastos na ampliação e canalização das calhas de nossos principais rios e na instalação de piscinões (apresentados ao senhor como a nova panaceia para o fim das enchentes). Quanto à ampliação das calhas de nossos principais rios, tudo certo, realmente é medida indispensável.
Já os piscinões… Um erro crasso.
Pelo mal urbanístico, sanitário e ambiental que causam à cidade, deveriam ser considerados a última das últimas alternativas a serem pensadas.
Governador, o senhor está refém de uma lógica técnica perversa e errada (queira Deus que não mal-intencionada). É preciso romper radicalmente com essa chantagem tecnológica.
A equação básica das enchentes da região metropolitana de São Paulo pode ser assim expressa: “Volumes crescentemente maiores de água, em tempos sucessivamente menores, sendo escoados para drenagens naturais e construídas progressivamente incapazes de lhes dar vazão, tendo como palco uma região geológica já naturalmente caracterizada pela dificuldade em dar bom e rápido escoamento às águas superficiais”.
Nesse contexto, governador, o combate às enchentes na região metropolitana de São Paulo deve, para garantir resultados confiáveis, atacar indispensavelmente estas cinco frentes técnicas, de forma combinada e concomitante:
- ampliação das calhas de nossos principais rios;- permanente desassoreamento de todos os rios, córregos e drenagens construídas;- eliminação de pontos de estrangulamento representados por pontes, galerias e sistemas de drenagem antigos que já não suportam mais as vazões a que são submetidos;- recuperação da capacidade de infiltração e retenção de águas pluviais em toda a área urbanizada, por meio, por exemplo, de calçadas, valetas e pátios drenantes, reservatórios domésticos e empresariais para reservação de águas de chuva, intensa disseminação de bosques florestados, plantio intensivo de árvores etc.- redução máxima do assoreamento das drenagens naturais e construídas por meio do rigoroso e extensivo combate à erosão do solo nas frentes de expansão metropolitana, assim como ao lançamento irregular de lixo urbano e entulho de construção civil.
A respeito especificamente dessas duas últimas frentes técnicas, o combate à impermeabilização e à erosão, de primordial importância para a redução das enchentes, incompreensivelmente (ou compreensivelmente?) as administrações públicas estadual e municipais da região não estão fazendo absolutamente nada.
Aí estão a origem e a explicação dos insucessos quanto aos objetivos desejados na redução das enchentes.
Governador José Serra, não se permita iludir de que o sucesso no combate às enchentes resultará de grandes investimentos em grandes e custosas obras concentradas.
É necessário que as obras maiores necessárias sejam indispensavelmente acompanhadas de um trabalho diuturno baseado em pequenos serviços e providências, as chamadas medidas não estruturais, que resultarão no rompimento com as culturas técnicas da impermeabilização e da erosão, hoje as principais responsáveis pela insistente recorrência das enchentes metropolitanas.
Permita-me uma sugestão final: solicite ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) -- uma instituição de extrema competência técnica, acima e alheia a interesses menores porventura presentes na estratégia atualmente adotada- um plano alternativo de combate às enchentes.
O IPT saberá por certo cercar-se de outros órgãos públicos e de técnicos reconhecidos que auxiliarão nessa boa empreitada. Não serão necessários mais que dois ou três meses para equacionar o novo plano. Confie no resultado que será entregue e concentre esforços na sua implementação. A região metropolitana de São Paulo lhe será eternamente grata por sua coragem política e pelos resultados concretos que certamente serão alcançados.
*ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS, geólogo, é consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente. Foi diretor de Planejamento e Gestão do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e diretor da Divisão de Geologia. É autor, entre outras obras, de “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”.
*Texto originalmente publicado em TENDÊNCIAS/DEBATES- Folha de São Paulo – 11/09/2009, extraído de Blog do Instituto SOS Rios do Brasil