11/13/2008

Vázquez veta legalização do aborto no Uruguai



O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, vetou nesta quinta-feira o artigo que previa a legalização do aborto e fazia parte do projeto da Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva, aprovado pelo Congresso Nacional.A decisão de Vázquez, que já era esperada, ocorreu dois dias após a votação no Senado e contraria deputados e senadores da base governista Frente Ampla que defenderam a medida. O veto de Vázquez foi comunicado por ministros do seu governo ao jornal El Pais, que publicou a notícia na sua edição on line.A autora do projeto foi a senadora da coligação governista Margarita Percovich, que contou com apoio dos diferentes partidos que formam a Frente Ampla. Pela Constituição uruguaia, os legisladores precisariam de três quintos dos votos para derrubar o veto.Mas parlamentares da situação, como a senadora Percovich e o deputado Luis Gallo, reconheceram que seria "impossível" conseguir estes votos – 18 senadores e 60 deputados. A discussão dividiu a base governista, quando faltam onze meses para o primeiro turno das eleições presidenciais de outubro.Entre os senadores que votaram a favor da medida estavam o vice-presidente do país e presidente do Senado, Rodolfo Nin Novoa, e os pré-candidatos à sucessão de Vázquez, o ex-ministro da Economia, Danilo Astori, e o ex-ministro da Agricultura, José Mujica. O artigo que legalizava o aborto autorizava a mulher a tomar a decisão até as primeiras doze

11/08/2008

Mudança ...Esperança

As palavras mais associadas à candidatura, e agora vitória, de Barack Obama são "mudança" e "esperança". Mas, mantendo o espírito bíblico que o senador democrata tanto gosta de usar em seus emocionantes discursos, é possível falar também em "ressurreição". Ressurreição de uma nação, a mais poderosa do planeta, que ao longo dos últimos oito anos perdeu o rumo e a confiança em si mesma.Analistas têm dito, e repetirão nos próximos dias, que a crise econômica americana foi decisiva na vitória histórica de Obama. No dia 15 de setembro, os americanos acordaram com a notícia da quebra do banco Lehman Brothers e do resgate financeiro do Merrill Lynch. Dias depois, Obama superava John McCain nas pesquisas de opinião. A crise não era nova, mas o desastre de grandes instituições significou o auge da desintegração do espírito americano e deu forças ao candidato da oposição. Assim como o anúncio oficial de que não havia armas de destruição em massa no Iraque ou a incompetência do governo federal em lidar com a tragédia do furacão Katrina, a crise financeira fez os americanos acordarem para um fato incontestável: do jeito que o país estava não era possível continuar.Barack Obama venceu a disputa presidencial porque representava, mais do que ninguém, a necessidade de mudança. Obama simboliza uma nova era e não poderia ser mais diferente do que o atual chefe de governo. George W. Bush, filho de um ex-presidente, chegou à Casa Branca com um projeto decidido entre quatro paredes, construído pelo estrategista político Karl Rove e associado a interesses empresariais texanos. A candidatura de Obama obteve apoio e dinheiro na internet, de jovens que se organizaram nos quatro cantos dos Estados Unidos, e transformou-se num movimento político avassalador. Ele decidiu enfrentar a favorita Hillary Clinton quando muitos lhe diziam para que esperasse sua vez. Ousou alterar o roteiro pré-definido pela liderança política do seu próprio partido. O senador de Illinois acreditou ser o político certo na hora certa, e o histórico 4 de novembro de 2008 não deixou dúvidas disso.Quanto a John McCain, ele mais uma vez merece elogios pela elegância de seu discurso em que aceitou a derrota. Como já havia feito na campanha, teve de pedir que seus seguidores se calassem quando sua referência a Obama foi recebida com vaias. O candidato derrotado mostrou respeito e admiração por seu adversário e disse que a vitória democrata era motivo de orgulho para a população negra americana. McCain certamente deve pensar que seu tempo, na verdade, já havia passado. No fundo ele deve imaginar como teria sido se tivesse conseguido derrotar George Bush na disputa pela indicação republicana em 2000. Talvez oito anos atrás, contra Al Gore, ele tivesse chegado à Casa Branca. Mas contra um jovem senador negro de Chicago, de cuja boca só saem palavras de esperança e transformação, McCain não teve chances. A América parecia morta, e Barack Obama promete a ressurreição.

11/03/2008

Email do Obama

Boa noite, hoje recebi um e-mail do Staf de campanha do Senador Obama, minha frustração e de não poder ajudá-lo com meu voto,mais durante todo o processo eleitoral americano fui sempre um apoiador convicto de sua candidatura. Sei o que ele representa e consigo discernir,mesmo daqui sua vontade em transformar a vida dos americanos.

YES WE CAN




Fé e Deus nas eleições dos EUA



"Quanto mais tempo passamos com Deus, mais nós vemos que Ele não é um rei distante, mas um amoroso pai", disse Bush durante um discurso. Se as urnas reproduzirem o que dizem as mais recentes pesquisas de opinião, os Estados Unidos em breve mudarão de rumo, seguindo um caminho mais liberal, voltando ao comando democrata. Mas, se o senador Barack Obama for eleito presidente no próximo dia 4, a inspiração divina continuará na Casa Branca, como ele já deixou claro ao longo de sua campanha. "Eu quero que vocês orem para que eu possa ser um instrumento de Deus", afirmou Obama em um encontro com seguidores.As falas acima aparecem em um documentário que lança uma luz sobre o atual estado da superpotência mundial, a partir de uma perspectiva histórica. O historiador britânico Simon Schama, professor da Universidade de Columbia, em Nova York, analisou, entre outros temas, o papel da religião na formação e no desenvolvimento da nação americana. Na série para a TV, "The American Future: A History" (O Futuro Americano: uma História), exibida dias atrás na Grã-Bretanha, Schama mostrou em um dos episódios como a religião, e especialmente o exercício da liberdade religiosa, é central na história dos Estados Unidos. Afinal, os pioneiros que cruzaram o Atlântico buscavam construir comunidades onde pudessem orar da forma que quisessem liberdade garantida no Estatuto da Liberdade Religiosa da Virgínia, elaborado por Thomas Jefferson. Esse aspecto da história americana é explorado de forma didática e inteligente por Schama, que em seguida traz para a realidade atual a importância da fé em Deus. "Cristãos evangélicos suspeitam que o candidato republicano, John McCain, não seja exatamente seu homem", diz o historiador. "Desta vez, é o candidato democrata, Barack Obama, quem invoca a fé como sua inspiração."A fé de Obama quase o colocou em apuros meses atrás, quando sua associação com o reverendo Jeremiah Wright, seu ex-pastor em uma igreja da comunidade negra de Chicago, foi explorada na disputa pela indicação democrata. Wright, em seus sermões incendiários, atacava a nação e o ex-presidente Bill Clinton. Dizia que os Estados Unidos praticavam terrorismo no exterior e falava em uma "América branca". Barack Obama viu-se forçado a responder e o fez em um discurso que se tornou histórico e ficou conhecido como o "discurso sobre raça". No pronunciamento, Obama atacou de frente a questão racial no país e criticou as declarações do seu ex-pastor. Mas também falou da importância de Wright para sua formação moral e do papel da religião na sua vida. "O homem que eu conheci há mais de 20 anos é um homem que ajudou a me apresentar para a fé cristã, que falou para mim das obrigações de amarmos uns aos outros, de cuidar dos enfermos e ajudar os pobres." Barack Obama diz ser um homem de Deus, e a fé tem sido central na sua tentativa de se tornar o primeiro negro na Casa Branca.O republicano John McCain raramente fala de Deus ou de religião. Ele freqüenta a igreja, mas não tem a fé como uma de suas armas políticas. Sua candidata a vice, Sarah Palin, é amada por religiosos conservadores, mas sua presença na chapa não foi suficiente para dar um toque evangélico na campanha republicana. Após oito anos de Bush clamando ter o Criador ao seu lado, divulgando a partir de Washington uma versão conservadora de religião, apoiado numa aliança da direita cristã com conservadores judeus, a inspiração divina nos Estados Unidos agora é outra. Nesta eleição Deus parece estar do lado democrata.

11/01/2008

PT e PSDB devem perder cadeiras na Assembléia de SP


Sete deputados estaduais paulistas foram eleitos prefeito nas eleições municipais deste ano. Ao assumirem seus novos cargos, eles abrirão mão de seus assentos na Assembléia Legislativa para os suplentes. Com a dança das cadeiras, a bancada do PT deve perder um deputado para o PC do B e a do PSDB, um parlamentar para o DEM. Entretanto, as mudanças não devem mexer na balança de poder da Casa, dada a estrutura de alianças PSDB/DEM e PT/PCdoB.Se o cenário se concretizar, a bancada do PT encolherá de 20 para 19 deputados e a do PSDB, de 21 para 20. Já a do DEM aumenta de 13 para 14 parlamentares. E o PC do B, que não tem nenhum representante na Assembléia, passa a ter seu primeiro deputado estadual. O assento do deputado Sebastião Almeida, eleito pelo PT em Guarulhos, será ocupado por Pedro Antonio Bigardi, do PC do B. Já a vaga do tucano Antonio Carlos, eleito para a prefeitura de Caraguatatuba, deve ser assumida por Gilson de Souza, do DEM. Souza exerce atualmente o mandato como suplente do deputado Sidney Beraldo (PSDB), atual secretário estadual de Gestão Pública. Como suplente, deve assumir um do nome a coligação PSDB/DEM, mas a definição depende de eventuais mudanças nas secretarias municipal e estadual. No caso de Beraldo continuar secretário, o próximo suplente da lista da coligação é o tucano Helio Nishimoto que não deve assumir como deputado, pois foi reeleito vereador em São Jose dos Campos e cotado para ser secretario.O caso de Marco Bertaiolli, prefeito eleito do DEM de Mogi das Cruzes, é semelhante. Ele é suplente na vaga de Rodrigo Garcia, do DEM. Entretanto, Garcia exerce o cargo de secretário municipal de Desburocratização na gestão do prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM),que não deve sair da administração pois é homem de confiança do prefeito Kassab . No caso, o nome seguinte na lista de suplentes da aliança é o de José Antonio Caldini Crespo, do DEM que também se elegeu vereador em Sorocaba.Os demais prefeitos eleitos deverão repassar suas cadeiras a membros de seus partidos. Valdomiro Lopes, do PSB, eleito em São José do Rio Preto, cederá seu lugar para Marco Porta. A cadeira de Cido Sério, do PT, prefeito eleito de Araçatuba, será assumida por Fausto Figueira. Dárcy Vera, eleita pelo DEM prefeita de Ribeirão Preto, passará sua vaga para Eli Corrêa Filho. E a vaga de Mário Reali, eleito prefeito de Diadema pelo PT, será assumida por Beth Sahão.Os sete deputados estaduais eleitos devem abrir mão de seus mandatos na Assembléia Legislativa para assumir no dia 1º de janeiro de 2009 as respectivas prefeituras. Todos os suplentes serão convocados através de um ato do presidente da Assembléia, deputado Vaz de Lima (PSDB), que será publicado no Diário Oficial.