1/14/2008



A corrida pela Casa Branca está a todo vapor nos Estados Unidos.

Comentários feitos pela senadora Hillary Clinton, por seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, e por pessoas ligadas à campanha de Hillary, vem despertando acusações de racismo, feitas por militantes pró-Barack Obama e por ativistas negros. A tensão começou a crescer quando Hillary criticou Obama por ter supostamente se comparado a Martin Luther King. Ela contrastou a suposta escassa experiência do candidato com o histórico de King. E acrescentou que o lendário ativista de direitos civis conseguiu implementar políticas antiracistas ao colaborar com o presidente Lyndon Johnson. Muitos ativistas afro-americanos acusaram Hillary de procurar minimizar a importância de King. Assistentes da senadora refutaram isso e acusaram a campanha de Obama de oportunismo. O comentário feito por Bill Clinton de que a mensagem de Obama era um ''conto de fadas'' jogou mais lenha na fogueira. Para dissipar as tensões, o presidente Bill Clinton se explicou em uma entrevista para o programa de rádio do reverendo e ativista negro Al Sharpton. Momentaneamente, a tensão pode até ser aplacada. Mas muitos militantes afro-americanos já estão dizendo que a derrota de Barack Obama na primária de New Hampshire teria sido motivada por racismo. A questão racial é um tema espinhoso que tanto Hillary como Obama tratam com extrema cautela, com medo de assustar eleitores brancos e negros.

O jogo só acaba quando termina

Muitos já desdenharam da máxima futebolística atribuída ao ex-presidente do Corinthians Vicente Matheus, mas, ao nos depararmos com resultados recentes da corrida eleitoral americana, percebemos que ela é dotada de profunda sabedoria. Analistas políticos, jornalistas e institutos de pesquisa já estavam quase sentenciando a morte da candidatura da senadora Hillary Clinton quando, subitamente, ela deu a volta por cima e venceu a primária do Estado de New Hampshire, deixando para trás o rival Barack Obama. Algo parecido ocorreu do lado republicano, com a vitória de John McCain, cuja campanha contava com baixo orçamento e que já havia perdido vários assessores. Para os republicanos, a próxima batalha ocorre na semana que vem, no Michigan. Hillary e Obama voltarão a se degladiar dentro de duas semanas na Carolina do Sul. Até lá, e depois disso, a corrida ainda deverá ter inúmeras surpresas, escândalos, ataques e denúncias.



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