1/18/2008

Assunto do Mundo

Neste mundo globalizado em que vivemos o grande advento é a internet, hoje todos tem informação em tempo real de tudo o que acontece no mundo. Ontem mesmo eu estava em uma pequena cidade do interior de São Paulo e o comentário era um só, imagine a Sucessão Presidencial Americana, os questionamentos eram muitos a respeito das “previas” um vereador dizia: “Isso é que é Democracia” outro falava “Esse processo traz legitimidade a candidatura” O prefeito ainda observou “E o voto não é obrigatório”. E muitas pessoas me perguntam como funciona o processo eleitoral americano que tem chamado tanto atenção daqueles que gostam de política. Eu como bom assessor que sou trago ao Blog esse complexo caminho para a Casa Branca, que é longo, complicado e caro.

Quando começa


O processo começa com as escolhas dos candidatos que vão concorrer às eleições, em uma disputa quase tão acirrada quanto à própria corrida presidencial. Essa escolha pode ocorrer de diferentes formas, dependendo do Estado. A eleição em si também não é simples e ocorre por meio de um colégio eleitoral, o que em alguns casos extremos pode significar que o vencedor tem menos votos do que o perdedor.

Entenda a seguir como funciona esse caminho para o posto político mais influente do mundo.

Estágios iniciais

Um político com ambições presidenciais costuma formar um comitê exploratório para testar suas chances e arrecadar fundos para uma campanha, às vezes até dois anos antes da eleição. Depois, declara formalmente sua candidatura à indicação de seu partido e inicia campanha em Estados cruciais.

Eleições primárias


A temporada das primárias começa em janeiro e dura até junho. Nesse processo, os candidatos lutam dentro dos principais partidos - o Republicano e o Democrata - pela indicação para concorrer à Presidência.

Eleitores em cada um dos 50 Estados americanos elegem delegados partidários que, na maioria dos casos, prometeram apoiar um determinado candidato. Para escolher os delegados, alguns Estados usam uma prévia, ou caucus - um sistema de reuniões políticas -, ao invés de uma primária, que é uma votação por meio de cédula.

Neste ano, primárias e caucus começaram mais cedo do que o de costume porque os Estados entraram em uma corrida para se tornarem os primeiros a ter votações.

O Estado de Iowa tradicionalmente dá início à temporada com seus caucus, seguido, uma semana depois, pelas primárias de New Hampshire. A disputa se tornou tão intensa neste ano que os dois Estados decidiram realizá-las no começo de janeiro para proteger a sua posição no calendário.

Qual é a importância de ser o primeiro a realizar consulta popular?

O pequeno Estado de New Hampshire (população: 1,3 milhão) tem grande orgulho de seu status de "primeiro da nação" - e uma lei estadual determina que sua primária seja realizada pelo menos uma semana antes da de qualquer outro Estado.

Iowa (população: 3 milhões) tem uma lei estadual semelhante que determina que qualquer tipo de votação deve ser realizado primeiro lá, e deseja manter o seu status. Os dois Estados têm um acordo, e Iowa promove um caucus e não uma primária.

Em termos práticos, os primeiros Estados acabam recebendo maior atenção dos candidatos do que seu tamanho ou peso político normalmente garantiria. Com isso, questões importantes para os seus eleitores ficam em maior evidência, o que em última análise pode ampliar as chances de que os problemas locais recebam mais atenção do futuro presidente. Além disso, há vantagens econômicas nesses Estados que decorrem dos recursos extras levados pela propaganda eleitoral na televisão e de visitas freqüentes de candidatos e imprensa durante a disputa.

Outra questão é que é comum que candidatos se tornem praticamente imbatíveis depois de vencer um número substancial de primárias, o que torna as disputas nos Estados que as realizam por último muitas vezes irrelevantes.

Neste ano de grande disputa, houve alguma conseqüência por causa da "guerra de datas"?

Michigan e a Flórida levaram as lideranças nacionais dos partidos a ameaçar sanções porque buscaram mudar o cronograma, realizando suas primárias em janeiro.

O Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) estabeleceu normas que permitem que apenas os Estados de Nevada e Carolina do Sul juntem-se a New Hampshire e Iowa na "janela" antes de 5 de fevereiro.

Numa tentativa de restaurar a disciplina, o DNC ameaçou punir os democratas da Flórida, excluindo seus delegados da convenção nacional. Com isso, eles não teriam influência sobre o político indicado pelo partido para concorrer à Casa Branca.

A cúpula estadual do Partido Democrata entrou na Justiça contra a medida dizendo que a iniciativa levaria a uma retirada dos direitos dos 4 milhões de democratas registrados para votar no Estado.

Em uma demonstração de apoio ao DNC, todos os oito candidatos democratas à indicação prometeram não realizar campanha em Michigan - cinco deles retiraram seus nomes da cédula eleitoral da primária no Estado. Neste grupo está Hillary Clinton, que vem liderando as pesquisas de intenção de voto.

O Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês) também ameaçou excluir da convenção nacional delegados de Estados que violaram normas partidárias ao marcarem eleições primárias antes de fevereiro. Entre eles estão New Hampshire, Flórida, Wyoming, Michigan e Carolina do Sul. Iowa e Nevada vão escapar de sanções porque realizam caucus e não primárias.

Qual é a diferença entre a prévia, ou caucus, e a primária?

Nos caucus em Iowa os eleitores se reúnem em casas, escolas e outros edifícios públicos em mais de 2 mil distritos em todo o Estado para discutir seus candidatos e temas eleitorais. Eles elegem, então, delegados para as convenções de condados. Estas convenções, por sua vez, elegem delegados para as convenções estaduais, de onde sairão os delegados nacionais.

Nos caucus democratas de Iowa, os eleitores se dividem publicamente em grupos, reunindo-se em cantos diferentes de uma sala para manifestar seu apoio a diferentes candidatos, e os delegados são alocados de acordo com isso.

Eleitores nos caucus republicanos do Estado participam de uma votação secreta, e os resultados é que vão definir a alocação de delegados. O procedimento em caucus de outros Estados pode ser diferente de acordo com as suas leis estaduais.

Eleições primárias como as que se realizam em New Hampshire permitem que todos os eleitores registrados no Estado votem diretamente em seu candidato preferido.

Mas existem três tipos diferentes de primárias. Em primárias fechadas, os eleitores só podem participar da escolha do partido em que forem registrados. Em primárias abertas, um eleitor pode votar na primária de qualquer partido, mas só pode participar de uma. Mais raras, existem ainda as primárias em que os eleitores podem votar nos candidatos dos dois partidos.

Como foram as mudanças no calendário dos últimos anos?

Em 2004, apenas nove Estados - Iowa, New Hampshire, Delaware, Carolina do Sul, Arizona, Missouri, Dakota do Norte, Novo México e Oklahoma - realizaram votações antes de 5 de fevereiro.

Estados grandes como Califórnia, Ohio e Nova York realizaram suas votações na chamada "Super Terça-Feira", então em 2 de março.
Em 2008, pelo menos 22 Estados vão realizar sua consulta popular antes ou em 5 de fevereiro - a nova Super Terça -, inclusive Califórnia, Illinois, Nova York e Nova Jersey.

A convenção partidária


É nas convenções partidárias nacionais, realizadas poucos meses antes da eleição presidencial, que os candidatos à Presidência são indicados formalmente. Delegados escolhidos durante as primárias estaduais escolhem os indicados, embora neste estágio o partido normalmente já saiba quem ganhou. Na convenção, o candidato vitorioso escolhe o vice para a sua chapa, por vezes entre os candidatos derrotados na convenção.

A reta final

Só depois das convenções nacionais é que os candidatos medem a força um do outro. Há grandes gastos em propaganda e intensa campanha de Estado em Estado. Os debates entre candidatos na televisão também atraem muita atenção. Eles podem envolver postulantes independentes, mas isso não é obrigatório. Nas semanas finais antes do pleito, os candidatos costumam concentrar sua atenção nos grandes Estados onde há indecisão.

A eleição presidencial

A eleição presidencial americana é realizada sempre na primeira terça-feira depois da primeira segunda-feira de novembro. Em 2008 será em 4 de novembro.

Tecnicamente os eleitores não participam de uma eleição direta. Eles escolhem "eleitores" que se comprometem com um ou outro candidato e formam um Colégio Eleitoral.

Cada Estado tem um determinado número de eleitores no colégio, baseado no tamanho de sua população. Em quase todos os Estados, o vencedor do voto popular, mesmo que por uma margem mínima, leva todos os votos do colégio eleitoral daquele Estado.

Por causa deste sistema, um candidato pode chegar à Casa Branca sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional, como aconteceu no pleito de 2000, quando George W. Bush venceu Al Gore, mas teve um número de votos menor.

Muiats pessoa me perguntaram como funciona as previas americanas também conhecidas com caucus.pois bem eu pesquisei e consegui as informações que seguem.

A prévia acontece em 1784 locais, como escolas, bibliotecas ou edifícios públicos, nos 99 condados do Iowa. Entre as peculiaridades da prévia está o fato de que os respectivos representantes dos partidos republicano e democrata são escolhidos de formas distintas.

Do lado republicano, o candidato é escolhido por voto direto.moradores que comprovem ser residentes no Iowa e que sejam filiados ao partido - a filiação pode ser feita no própria dia da votação - escolhem seu candidato anotando o nome do postulante em pedaços de papel.

Se a preferência for, por exemplo, pelo ex-governador Mitt Romney, basta anotar ''Mitt''. Os eleitores do ex-prefeito nova-iorquino Rudolph Giuliani podem tascar um informal ''Rudy'' no papel sem temer que o voto seja invalidado.

No campo democrata, a escolha é bem distinta. Os eleitores se dividem publicamente em grupos, reúnem-se em cantos diferentes de um recinto e exprimem a sua preferência por um candidato e discutem os temas que julgam mais importantes na campanha.

Outro grupo manifesta sua predileção por outro candidato e é encaminhado a outro canto do local. Para ser considerado representativo, o candidato precisa ter 15% dos votos. Os eleitores de um candidato que não obtiver 15% dos votos devem se reagrupar e optar por um candidato considerado com chances de ganhar.

Na votação deste ano, o candidato democrata Denis Kucinich já determinou a seus correligionários que se ele não alcançar a marca de 15% eles devem apoiar o senador Barack Obama.

Ainda entre os democratas, há também outro elemento altamente inusitado. No caso de dois candidatos terminarem a disputa empatados, o desempate pode se dar pelo arremesso de uma moeda, através do cara-ou-coroa.

Candidaturas impulsionadas


A prévia de Iowa também tem a característica de impulsionar a candidatura de azarões. Neste ano, entre os republicanos, o melhor exemplo é Mike Huckabee, que, ganhou naquele estado e esta firme na corrida sucessória.

Do lado democrata, Barack Obama, apesar de, nacionalmente, a senadora Hillary Clinton estar à frente nas pesquisas. O senador ganhou por lá Subestimar a prévia de Iowa por vezes pode custar caro a um candidato. E aqueles que exploram as possibilidades do caucus muitas vezes colhem os dividendos eleitorais mais à frente.

É o que explica Jack Lufkin, curador da exposição Caucus Iowa, que está sendo exibida em Des Moines. ''Em 1980, Ronald Reagan mal fez campanha em Iowa, porque achava que a eleição já estava no papo. O resultado é que ele acabou ficando em segundo, perdendo para George Bush (o pai do atual líder americano). Mas Reagan aprendeu com seus erros. '' Por conta de ter começado em desvantagem em Iowa, Reagan teve de fazer campanhas mais intensas nas prévias e primárias realizadas na seqüência, o que acabou levando-o à Casa Branca.

Carter


A Presidência dos Estados Unidos também acabou sendo o destino do político que, em 1976, primeiro percebeu o potencial do caucus que dá início à corrida presidencial - o então governador do Estado da Georgia, Jimmy Carter.

Na ocasião, Carter praticamente se mudou para o Estado, juntamente com sua família, e começou a bater de porta em porta na casa de fazendeiros e moradores locais. Após sair do semi-anomimato para o segundo lugar em Iowa, Carter começou a chamar a atenção dos eleitores americanos e conseguiu chegar à Casa Branca mesmo tendo promovido uma campanha discreta e com orçamento escasso.

A exemplo de Carter, os políticos atuais também procuram interagir intensamente com locais e percorrer diversas partes do Estado. Boa parte dos candidatos visitaram todos os 99 condados do Iowa e muitos praticamente se mudaram para o Estado. Mas, ao contrário da modesta campanha de Carter, a maioria vem investindo milhões para atrair os eleitores de Iowa.

Para convencer os moradores a irem aos locais dos caucuses, a lei eleitoral americana permite que candidatos ofereçam ônibus para seus simpatizantes e dêem presentes, que vão desde camisetas e broches até a contratação de escavadeiras que permitam retirar o gelo que dificulta o acesso às estradas de Iowa nesta gélida época de inverno. É isso ai qualquer informação a mais é só blogar.

2 comentários:

  1. Anônimo10:15 PM

    MUITO LEGAL PARABENS SEU BLOG É DINAMICO E INTELIGENTE.

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  2. Anônimo10:17 PM

    Poderia ser assim aqui no Brasil.

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