5/02/2008

VIOLÊNCIA

O tema da violência se confunde com a história dos homens desde a antiguidade e atingem a todos, independentemente da classe social, cultura, raça ou religião a que o sujeito pertence. Apesar da violência contra a criança e o adolescente, não ser nenhuma novidade, o caso Isabela Nardoni, tem despertado a sociedade uma reflexão mais profunda no que diz respeito à violência infanto-juvenil. Nota-se, então, que esse tipo de violência é muito mais abrangente do que imaginávamos. Crianças morrem diariamente. Quem são os responsáveis? Quem deve ser punido? Qual a pena a ser aplicada? Qual a atitude a ser tomada? A violência doméstica contra crianças e adolescentes pode se manifestar de diversas maneiras além da agressão física. Assim, é comum a violência através de ameaças, humilhações e outras formas que afetam psicologicamente. No entanto, não é uma forma de violência, quando por omissão, quer dos pais, quer das autoridades ou responsáveis, quando as crianças deixam de receber os cuidados necessários ao crescimento, e passam privações essenciais à sua formação, como falta de carinho, de limpeza, alimentação adequada, acesso digno a saúde, educação, moradia, entre tantos outros elementos fundamentais a um crescimento, físico, mental e emocional, digno a qualquer criança. Direitos estes, inclusive, assegurado por Lei?Também não é violência, quando uma criança morre em decorrência da mordida do mosquito transmissor da dengue, mosquito esse que cresceu dentro dos criadouros que eu proporcionei, ou morre ainda pela falta de atendimento adequado no sistema de saúde, ou incompetência médica.Diante de tamanha violência, perplexa, a sociedade, ora age com indignação, ora com conformismo e omissão. De forma equivocada as pessoas associam a violência com a ausência da educação familiar. É como se a família fosse à única responsável pelo contexto histórico no qual a criança e o adolescente estão inseridos. A superação da violência exige um compromisso de todos, desde aqueles que estão diretamente envolvidos na relação, até os que compõem a realidade social, pois a indignação para com o sofrimento deve se transformar em práticas sociais que possam transformar essa realidade.


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