8/06/2009

Medalha de bronze da gripe


O Brasil quer ser campeão em tudo mesmo tudo que é ruim, até o dia 1 de agosto, o Brasil representava apenas 1,8% dos casos de gripe A (H1N1) no mundo, o número de mortes no país equivalia a 8% do total de vítimas fatais registradas no planeta pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Com as novas mortes anunciadas esta semana nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, elevando o total de óbitos para pelo menos 140, o Brasil já tem 12% do total de vítimas fatais do mundo. É o mesmo percentual do México, onde a pandemia começou. Nesta quinta-feira, foram confirmadas mais três mortes no Rio Grande do Sul ,duas em Osasco, na Grande São Paulo, e uma na cidade paulista de Nova Odessa. Os Estados Unidos lideram o número de mortes no mundo, com 353 casos registrados, o equivalente a 30,5% do total de óbitos. Em seguida, está a Argentina com 337 casos - ou 29,2% do total de vítimas fatais no mundo. México (com 146 mortes) e Brasil (com 140 óbitos) vêm em seguida. No boletim divulgado pela OMS esta semana, 162.380 contraíram o vírus H1N1 e 1.154 morreram até este momento. De acordo com a OMS, as Américas são as regiões mais afetadas pela doença, com 98.242 casos e 1.008 mortes. Com o elevado percentual de mortes pela doença no país em relação às vítimas da doença no mundo, médicos infectologistas começam a colocar em xeque a estratégia do governo de centralizar a distribuição do antiviral Tamiflu, usado no tratamento da doença. O ministro José Gomes Temporão argumenta que a liberação da venda do Tamiflu no varejo poderia criar um vírus mais resistente, além de levar a população a se automedicar. A disseminação da gripe A é rápida. O sucesso no combate à doença e na redução de mortes está diretamente ligado a ministrar o remédio precocemente nos pacientes que apresentam os sintomas. Ao dificultar o acesso ao Tamiflu o governo ajuda a aumentar a mortalidade. Na Inglaterra, onde o remédio foi administrado a pacientes que apresentavam os sintomas da gripe A, e o número de mortes se manteve reduzido em relação ao total de casos. Há pelo menos cem mil casos da gripe A na Inglaterra, com 30 mortes. É o resultado do medicamento ter sido liberado para todo mundo com sintomas. Se no Brasil isso tivesse acontecido, o número de óbitos também seria bem menor. Só para lembrar os interessados Sorocaba já tem quase 40 casos da gripe.

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