1/30/2007


José Dirceu fecha hotel em Brasília e reúne governadores para apoio a Arlindo Chinaglia


A cena ocorreu há uma semana em Brasília. Quarta-feira, 17, o ex-ministro José Dirceu fechou o restaurante de um hotel cinco estrelas da Asa Norte. No décimo sétimo andar, todos os garçons foram orientados a impedir qualquer visitante. Somente os convidados do ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil. Ninguém mais estava autorizado a permanecer naquele andar.O local foi escolhido por Dirceu para conversar com Governadores e alguns caciques de partidos. Mesmo sem estar vestido de Papai Noel, Dirceu estava com um saco cheio de promessas a serem distribuídas aos potenciais aliados da candidatura de Arlindo Chinaglia. O discurso previamente preparado exibia um José Dirceu humilde, mas em contraste com o passado bem recente, de volta ao cenário político nacional, com poder e dando ordens.Um dos governadores presentes confessou que não acreditava no que estava vendo. No Planalto, esse resgate de força da turma de Dirceu tem sido duramente rechaçado pelos ministros Tarso Genro e principalmente por Dilma Roussef. Mas, para provar a veracidade de seu prestígio, Dirceu telefonou para a Casa Civil e conversou com Dilma. Em tom de quem manda, pediu que Dilma acelerasse as nomeações do PR, PTB e dos novos aliados petistas, o PMDB liderado pelos deputados Michel Temer, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha. Também pediu pelos neogovernistas do PMDB Garotinho, chefiado pelo deputado Eduardo Cunha.Depois de encaminhar pedidos e prometer o céu e a terra, José Dirceu teve uma crise de sinceridade. Implorou por votos à candidatura de Arlindo Chinaglia. Disse que, se Chinaglia ganhar, sua anistia será líquida e certa e que anistiado ele volta ao comando do PT e aí o poder de Lula voltará a ser dividido não somente com os petistas, mas também com os partidos aliados.

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