10/28/2008

Crise econômica ... EUA


Boa noite, amigos do Blog...Hoje um abraço especial para o Dinho, Rodrigo Mala,Andréia e ao Professor Beto amigos de primeira hora.

Hoje fui surpreendido por uma senhora de mais ou menos 60 anos mãe de um amigo. Esta senhora no alto de sua sabedoria e experiência de vida me questionou preocupada com a crise econômica mundial, e de pronto buscou em mim respostas e explicação para a grave crise que o mundo está atravessando. Imaginem vocês a complexidade do tema, não sou economista muito menos um expert no assunto, mais tentei explicar do meu jeito o que esta acontecendo com a economia mundial. É de conhecimento público que os Estados Unidos estão passando por uma enorme crise financeira, a tão comentada crise econômica dos EUA. O que começou com uma crise no mercado imobiliário americano evoluiu ao ponto de tornar-se uma das maiores da história, perdendo apenas para a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. A coisa começou a pipocar com a crise imobiliária dos EUA. Tudo começou por lá porque os bancos estavam oferecendo muito crédito imobiliário, incentivando muito o setor. Só que não exigiam muita análise dos clientes, achando que bastaria cobrar juros mais altos para se proteger da inadimplência e aumentar seu lucro. Só que o tiro saiu pela culatra… Desde 2001, o mercado imobiliário americano vinha crescendo de forma acelerada. A causa disso foi à queda dos juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), que diminuíram para recuperar a economia, chegando até a 1% ao ano. Com isso a demanda por imóveis cresceu, incentivada pelos baixos juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas. Em 2005, isso se tornou um ótimo negócio. Muitas pessoas compravam até mais de uma casa, com a intenção de revendê-las quando valorizassem. Isso fez com que a quantidade de empréstimos aumentasse principalmente para clientes de baixa renda e com histórico de inadimplência - os chamados clientes subprime. Esse tipo de empréstimo é considerado de alto risco, pois as chances de não ser pago são maiores, mas em compensação oferecem uma taxa de retorno maior aos bancos. Como existia muito crédito na praça, os americanos foram às compras felizes e contentes porque estavam adquirindo a sua casa própria. Só que com isso, os preços dos imóveis subiram muito e chegaram ao ponto que imóveis que originalmente valiam US$80 mil estavam sendo vendidos por US$200 mil.O que aconteceu?. Com isso a oferta de casas começou a superar a procura, resultando na atual crise imobiliária dos EUA,desgostosos por pagar preços exorbitantes nos imóveis e nos juros da sua hipoteca, os americanos começaram a deixar de pagar os bancos. Mas isso ainda não é o maior problema, o problema é que isso não foi aconteceu com alguns casos isolados, foi em massa. Os bancos não ofereciam crédito apenas para compra de imóveis. O crédito era oferecido para tudo, incentivando o consumo em diversas áreas. O problema é que isso aumenta muito o endividamento e as pessoas acabam por muitas vezes não conseguindo pagar suas dívidas. Como a inadimplência estava crescendo assustadoramente, os bancos começaram a sentir falta de dinheiro entrando. Dinheiro esse que, inclusive, já contavam para várias outras operações financeiras. Esses empréstimos que os bancos fizeram são considerados por muitos um tipo dos chamados “ativos podres”. Mas não foi só o mercado imobiliário que foi afetado. Com os juros altos, a taxa de inadimplência aumentou, provocando um prejuízo para os bancos e desaquecendo a economia americana. O valor total das hipotecas ultrapassa US$ 12 trilhões.Com menos dinheiro nas mãos, as pessoas compram menos, o que não gera lucro para as empresas. Por sua vez, estas não podem mais contratar novos funcionários. Vários bancos e seguradoras faliram. Isso fez com que a crise tomasse as proporções atuais, a ponto de chegar a afetar outros países que dependem economicamente dos EUA. Várias medidas para resolver a crise econômica dos EUA foram adotadas. O governo aprovou a utilização de bilhões de dólares dos cofres públicos para recuperar os bancos. A mais recente foi destinar US$ 700 bilhões para comprar títulos hipotecários de risco.

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