10/26/2006



Contradições do País que vai às urnas

A campanha da eleição para presidente ainda não acabou, mas há quase um consenso de que a divisão do eleitorado passará para a história como uma das marcas da disputa.
Desde a redemocratização do país depois do regime militar, a diferença entre os dois candidatos mais votados no primeiro turno nunca tinha sido tão pequena quanto nesta eleição.
Mais do que isso. A divisão do voto entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o tucano Geraldo Alckmin parece refletir, de modo radical, desigualdades brasileiras mais profundas.
De um lado, o Brasil de Lula: das regiões Norte e Nordeste, dos municípios menores, mais pobres e de menor desenvolvimento humano, das áreas de agricultura familiar e onde a dependência ecônomica do Orçamento da União é maior.
Do outro, o país de Alckmin: das regiões Sul e das partes mais ricas do Sudeste, dos munícipios médios de melhor qualidade de vida, das áreas onde predomina o agronegócio e onde as verbas federais fazem menos diferença.

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